Curioso, numa das minhas várias incursões semanais ao café para me juntar com a malta, por incrível que pareça, até falámos de um assunto pseudo-sério. Sim, porque seriedade a mais faz mal ao coro cabeludo e isso provoca caspa. E toda a gente sabe que com caspas não há babes, nem no Natal.
Falámos de qual o ponto em que uma relação passava a ser realmente séria. O Manel disse que para ele era a partir do momento em que passava a noite inteira com a sua companhia, porque gostava de dormir na sua cama e só partilharia tal “luxo” com alguém muito especial.
Para o Francisco era colocarem escovas de dentes em casa um do outro, porque era algo que nem escaldado utilizaria a de outra pessoa, ao contrário de uma qualquer peça de roupa, mesmo que se tratassem de umas cuecas.
Para o Zé era levá-la a casa dos Pais para jantar, ou até num momento de ousadia, para passar lá o fim-de-semana. Isto porque os Pais do Zé sempre lhe disseram para só lhes apresentar a mulher com quem iria casar.
Para mim, o apogeu de uma relação é quando conseguimos soltar um grandioso peido (leia-se flatulência), sonoro e valente, e com odor a Carnaval. Que reacção ter? Reagir com um misto de normalidade com indignação, pedir desculpa do género “Desculpa minha querida, mas precisava de soltar um gás” e dar um carinho ao parceiro. Tal conforto é um passo muito importante num relacionamento.
Após tê-los escutado muito atentamente e ter reflectido, apercebi-me que o Manel sofre de insónias, o Francisco não lava os dentes, o Zé é gay, e eu sou um porco mal- educado.
NEWS: Aproveitamos para divulgar mais um artigo do BICO D'OBRA, na que apelidámos de semana do Bico. O Alfinete retomará o seu ciclo normal para o início da próxima semana.
Temos dito.
Ass: Mercador
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