Todos os dias ando no metro de Lisboa. Ontem estava sossegado no meu canto a ler até que me deparo com uma ave, infelizmente não tão raro quanto seria expectável. O que é que esta besta tinha de diferente de muitas outras? Este artista de circo acabava todas as frases com “...e o ca**lho!”
O diálogo a que pude assistir (e o resto da carruagem, falavam ligeiramente alto, deviam ser meios surdos ou ter cera acumulada nos ouvidos) durante duas estações (felizmente) foi o seguinte:
Gajo – Ontem foi ao hi5 e o ca**lho!
Amigo do Gajo – E então...foste falar com gajas?
Gajo – Fui, estive a falar com a tipa do outro dia e o ca**lho!
Amigo do Gajo – E vais conseguir sair com ela?
Gajo – Penso em sexo com ela e o ca**lho!
Amiga do Gajo – E o Benfica ontem, quem é que marcou os golos?
Gajo – Quem é que marcou os golos? Ficou empatado és mesmo burra e o ca**lho!
Amigo do Gajo – Yah!
Amiga do Gajo – Não sabia, foi porque não vi o jogo!
Gajo – Caga nisso! Vamos sair! (não sei como é que ele não acabou esta tirada com o “...e o ca**lho!”, deve ter-se esquecido.)
Finalmente saíram e pude continuar a ler. Li mais umas páginas e o ca**lho! E cheguei ao meu destino.
Ass: “Um de nós”
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