Sexta-feira, 1 de Setembro de 2006

CHÁ DAS CINCO

Um grupo de amigos habitués do Bico D’obra decidiu contar-nos um episódio que se sucedeu durante as suas férias na Madeira. Manel convidou os seus amigos Francisco e Zé para o acompanharem na visita ao seu primo Roberto que mora no Funchal. Juntou-se o “gang” e seguiram com malas e bagagens rumo a uns dias de descanso.

Certo dia, os quatro procuravam novas sensações. Outros prazeres após mais um episódio de Framboesas com Adoçante. Roberto morava numa levada onde a vista é deslumbrante. O sol rompe as nuvens e espelha-se no mar recortado pela escarpa.

Desceram até a Praia e colheram oito flores de Lúcifer e iniciaram a sua aventura, em buscas das ditas novas sensações, abrindo as portas da percepção, procurando a felicidade a prazo e esquecendo a realidade por momentos.

Embalados por promessas de felicidade fácil, os quatro ferveram as oito plantas do Demónio. Aquela flor bonita, qual maçã de Adão, em forma de sino e de cores fortes, não denunciando o real significado de tal beleza aparente.

Roberto tinha feito uma breve pesquisa na Internet e tinha descoberto como fazer chá da erva-de-satanás, tendo por momentos revelado uma faceta empreendedora e assombrá-lo o pensamento de que poderia vender o conceito à Lipton.

Como na lei de Murphy, “Se algo pode correr mal, correrá mesmo” (pessimista do caraças este gajo). Foi o que aconteceu naquela tarde luzidia de Agosto, os quatro deram entrada no Hospital da Cruz de Carvalho. Manel, Francisco e Zé tiveram alta após uma lavagem ao estômago, mas Roberto não resistiu ao chá do Belzebu.

Factos Reais:
Belladona – Conhecida como erva-do-diabo, é originária da zona da Cordilheira do Himalaia, e existe em vários jardins portugueses. É utilizada com fins ornamentais e cultivada em larga escala para fins medicinais, apesar de a ingestão de algumas bagas poder ser fatal.

Sérgio Paulo foi sepultado no sábado, 19 de Agosto, dia em que completava um ano de internamento no Centro da Sagrada Família.

Pensamento do Dia: Sérgio não regressou à levada, não voltou a ver a beleza do pôr-do-sol no mar...tudo por um momento de pura ilusão. Qual a necessidade de tal fuga da realidade? Terá valido a pena?

Temos dito.
Ass: Grizo e Mercador

pregado por Alfinete de Peito às 11:48

link da posta | Junta-o aos melhores!
De andorinha a 3 de Setembro de 2006 às 23:10
Olá!

Bem-vindos! Já tinha saudades de vos ler:)

Totalmente de acordo com a ammedeiros. Há que ter a noção que ultrapassar certos limites é perigoso e que correr atrás de ilusões nem sempre vale a pena.

Beijos.
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